segunda-feira, 12 de março de 2007

REGISTO PORTUGUÊS DE DADORES DE MEDULA ÓSSEA

REGISTO PORTUGUÊS DE DADORES DE MEDULA ÓSSEA

Decorreu no Passado Dia 10 de Março 2007,Sábado no Quartel dos Bombeiros Voluntários de Almeirim entre as 10h e as 15h. Uma recolha e registo de potencias dadores de Medula Óssea.
Esta Campanha Louvável QUE CONTOU COM O REGISTO COMO POTENCIAIS DADORES DE MEDULA ÓSSEA -DE TODA A CORPORAÇÃO DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ALMEIRIM que com este gesto mais uma vez pretende salvar vidas e servir o próximo.

Esta campanha, teve como ponto de Partida um Trabalho na Área de Projecto da ESMA, Turma do 12ºA Coordenado por:
Tatiana Pó Carvalho,nº25 e Ana Regina Pó Marneca,nº2
URGENTE

1 GESTO = 1 VIDA

AJUDE A COMBATER A LEUCEMIA

Como se processa, quem pode ser dador, quem paga a doação. Todas as respostas sobre o transplante de medula óssea.>


Como posso ser dador de medula óssea?

Se tem entre 18 e 45 anos, boa saúde e gostava de ser dador voluntário de medula, basta que transmita ao CEDACE ou aos Centros de Dadores a sua vontade. Deverá fornecer nome e morada, após o que irá receber um folheto informativo do processo e um pequeno questionário clínico que deverá preencher e devolver. Esse questionário vai ser depois avaliado por um médico. Caso não haja nenhuma contra-indicação, será chamado para fazer os seguintes testes:

Tipagem HLA_AB DR
Marcadores virais: HbsAg, Anti-HCV, Anti-HIV 1, 2
Estes dados serão guardados numa base informática nacional e internacional e serão usados sempre que um doente nacional ou internacional seja proposto para transplantação de medula óssea.

O que é o CEDACE?


CEDADE é a designação abreviada de Centro Nacional de Dadores de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão. Na prática, trata-se do Registo Nacional de Dadores Voluntários de Células de Medula Óssea, criado em 1995, com o objectivo de responder a doentes que necessitavam de um transplantam mas não tinham dador familiar compatível.

O que é a medula óssea?

A medula óssea é um tecido de consistência mole que preenche o interior dos ossos longos e as cavidades esponjosas de ossos, como por exemplo os da bacia. É nesse tecido que existem células progenitoras, ou seja, com capacidade para se diferenciarem e dar origem a qualquer célula do sangue periférico. São as chamadas stem cell ou células progenitoras/estaminais, em português. Estas células renovam-se frequentemente, mantendo um número relativamente constante.

Apesar de genericamente se falar de transplantação de medula óssea, de facto o que se faz é uma reinfusão ou transfusão no doente de células progenitoras retiradas da medula do dador. Estas células saudáveis vão substituir as células doentes e são responsáveis pela formação de novas células saudáveis. Mas para que o transplante tenha sucesso, as células saudáveis devem ser o mais possível compatíveis com as células do doente.

Como se processa a colheita de células de transplantação óssea?

Existem dois processos de colheita de células para transplantação de medula:

Colheita a partir da medula óssea - Células progenitoras colhidas do interior dos ossos pélvicos. Requer geralmente anestesia geral e uma breve hospitalização;
Colheita de células progenitoras periféricas - Colheita feita no sangue periférico, através de um processo chamado aférese, em que o dador tem de tomar previamente um medicamento que é um factor de crescimento que vai fazer aumentar a produção de células progenitoras no sangue.

Além destes dois métodos, existe ainda outra fonte de células progenitoras que são as células do cordão umbilical. Neste caso, após consentimento prévio da mãe, as células são colhidas do cordão umbilical quando o bebé nasce. O cordão umbilical tem uma percentagem muito elevada de células progenitoras mas como a quantidade geralmente é pequena, são utilizadas, sobretudo, na transplantação de crianças.

Qual a probabilidade de encontrar um dador compatível?

Considerando todas estas abordagens, aproximadamente 80 por cento de todos os doentes têm, pelo menos, um potencial dador compatível. Esta percentagem subiu significativamente (em 1991 era 41 por cento) depois do esforço que foi feito mundialmente no recrutamento de dadores. Só que nem todos os doentes para os quais foi identificado um dador idêntico chegam à fase do transplante.

Pode um dador desistir do processo após saber que é compatível com um doente?

Como voluntário o dador não tem nenhuma obrigação legal. Um potencial dador com compatibilidade com um doente que necessite de transplante de medula pode, por diversas razões, retirar-se do processo. As decisões individuais serão sempre respeitadas.

É perfeitamente natural que apareçam duvidas, hesitações ou mesmo recusas quando um dador é contactado. Mas depois de ponderados os prós e contras, o dador deverá tomar uma decisão e saber que, se for alterada tardiamente, poderá ser fatal para o doente.

Quem paga o processo da doação?

Todos os procedimentos médicos que envolvem a doação são cobertos pelo subsistema de saúde do doente, bem como as viagens e outros custos não médicos. Os únicos custos que poderão vir a ser imputados ao dador são os referentes ao tempo que necessita despender no processo de doação.

Só se pode dar medula uma vez?

Não, a medula é um tecido que se regenera rapidamente, pelo que é possível fazer mais do que uma dádiva.

Perguntas mais frequentes

O que é a medula óssea?
Qual a probabilidade de encontrar um dador compatível?
Pode um dador desistir do processo após saber que é compatível com um doente?
Quem paga o processo da doação?
Só se pode dar medula óssea uma vez?

O que é a medula óssea?

A medula óssea é um tecido de consistência mole que preenche o interior dos ossos longos e as cavidades esponjosas de ossos, como por exemplo os da bacia. É nesse tecido que existem células progenitoras, ou seja, com capacidade para se diferenciarem e dar origem a qualquer célula do sangue periférico, as chamadas stem cell dos autores ingleses ou células progenitoras / estaminais em português. Estas células renovam-se constantemente mantendo um número relativamente constante em qualquer momento.

Apesar de genericamente se falar de transplantação de medula óssea, de facto o que se faz é uma reinfusão ou transfusão no doente de células progenitoras retiradas da medula do dador.

Estas células saudáveis vão substituir as células doentes e são responsáveis pela formação de novas células saudáveis.

Contudo, para que o transplante tenha sucesso, as células saudáveis devem ser o mais possível compatíveis com as células do doente.

Existem dois processos de colheita de células para transplantação de medula:

Colheita a partir da Medula Óssea:
Células progenitoras colhidas do interior dos ossos pélvicos. Requer geralmente anestesia geral e uma breve hospitalização.

Células de células Progenitoras Periféricas:
Colheita feita no sangue periférico, através de um processo chamado aférese, em que o dador tem de tomar previamente um medicamento que é um factor de crescimento que vai fazer aumentar a produção de células progenitoras no sangue.

Além destes dois métodos, existe, ainda, outra fonte de células progenitoras que são as células do cordão umbilical. Neste caso, após consentimento prévio da mãe, quando o bebé nasce são colhidas do cordão umbilical. O cordão umbilical tem uma percentagem muito elevada de células progenitoras mas como a quantidade geralmente é pequena, são utilizadas, sobretudo, na transplantação de crianças.

Qual a probabilidade de encontrar um dador compatível?

Considerando todas estas abordagens, aproximadamente 80% de todos os doentes têm, pelo menos, um potencial dador compatível.

Esta percentagem subiu significativamente (em 1991 era 41%) depois do esforço que foi feito mundialmente no recrutamento de dadores.

No entanto, é preciso notar que nem todos os doentes para os quais foi identificado um dador idêntico chegam à fase do transplante.

Pode um dador desistir do processo após saber que é compatível com um doente?

Um potencial dador com compatibilidade com um doente que necessite de transplante de medula pode por diversas razões retirar-se do processo. Como voluntário o dador não tem nenhuma obrigação legal. As decisões individuais serão sempre respeitadas.

Contudo, uma decisão tardia relativamente à desistência pode ter riscos muito graves para o doente. Uma mudança de atitude no final do processo pode ser fatal para um doente que aguarda pelo transplante de medula.

É perfeitamente natural que apareçam duvidas e hesitações ou mesmo recusas quando um dador é contactado mas logo que ponderados todos os prós e contras, deverá tomar uma decisão e saber que, se for alterada tardiamente, irá afectar não só o próprio mas também o doente.


http://www.chsul.pt

http://www.apcl.pt

1 comentário:

Anónimo disse...

Parabens, Tatiana Carvalho e Ana Regina, pela iniciativa e pelo trabalho desenvolvido e a forma como se entregaram neste projecto tão importante. Sempre á algo mais para fazer... e foi o que fizeram vocês e todos aqueles que participaram.
PODE SER APENAS UM GESTO PARA O MUNDO, MAS CERTAMENTE PARA ALGUNS ESTE GESTO REPRESENTA O MUNDO.
Excelente artigo.