quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Mau Tempo deu um Final de Ano Intenso - Dos 60 cortes de árvores caídas na via pública, 16 verificaram-se apenas numa ocorrência em Foros de Benfica,

Mau tempo provoca estragos no Concelho

O mau tempo regressou ao país e as consequências da chuva e ventos fortes fizeram-se sentir um pouco por todo o concelho de Almeirim, resultado de uma superfície frontal fria com muita actividade que se verificou em Portugal Continental.

Na terça-feira, dia 5, à chuva que caiu com bastante intensidade juntaram-se rajadas de vento forte que provocaram estragos em várias zonas do concelho. O Serviço Nacional de Protecção Civil havia decretado para este dia o estado de alerta azul e apontava o distrito de Santarém como um dos mais afectados pela precipitação, com rajadas de vento que podiam chegar aos 120km/h nas terras mais altas. Estava ainda previsto o aumento dos caudais na bacia hidrográfica do Tejo.

Em Fazendas de Almeirim, na entrada da vila pela rua Marechal Craveiro Lopes, o vento soprou particularmente forte num raio de poucos metros, tendo levantado telhados e derrubado árvores. Uma senhora de idade chegou a ser transportada pelos bombeiros para o Hospital Distrital de Santarém, depois de se sentir mal enquanto assistia ao telhado de sua casa a ser levado pela ventania.

Em Almeirim, os estragos provocados pela intempérie também foram visíveis. Uma árvore de grande dimensão que se encontrava no recinto do Pavilhão Alfredo Bento Calado foi derrubada pelo vento caindo para a estrada. A Avenida 25 de Abril esteve cortada ao trânsito durante cerca de uma hora até ao final dos trabalhos de remoção da árvore pelos funcionários da Câmara Municipal.

Trabalho redobrado para bombeiros e Protecção Civil

O vereador da Protecção Civil e Vice Presidente dos Bombeiros Voluntários de Almeirim, Pedro Ribeiro, explica que, com o aumento de ocorrências de quedas de árvores, "detectaram-se uma série de faltas e comprámos moto-serras, calças de corte e capacetes de protecção para os bombeiros. A Protecção Civil, foi, é e continuará a basear-se no Corpo de Bombeiros e têm que ser eles os principais protagonistas da situação e têm que ter o material necessário" para responder às situações de emergência. Para Pedro Ribeiro, a resposta às ocorrências "decorreu normalmente e com a celeridade possível. Fazemos o acompanhamento para perceber as situações e fazer o levantamento das necessidades", considera o vereador, que apela ao civismo e respeito pela sinalização de corte de estradas submersas, pois "o desrespeito pode pôr em causa a própria vida e a dos bombeiros que procedem ao salvamento".

Só durante os meses de Novembro e Dezembro, os Bombeiros Voluntários de Almeirim registaram 42 ocorrências, que se dividiram entre quedas de árvores, inundações e limpeza da via pública. Dos 60 cortes de árvores caídas na via pública, 16 verificaram-se apenas numa ocorrência em Foros de Benfica, algumas tombadas sob as linhas eléctricas, motivando o accionamento do piquete da EDP e máquinas da Câmara Municipal de Almeirim para remoção das mesmas. Em Almeirim, na Rua Condessa da Junqueira frente ao cemitério, o trânsito ficou parcialmente obstruído enquanto pessoal e máquinas da autarquia removeram duas árvores que colocavam em perigo a circulação da circulação na via e dos peões. Também as estradas nacionais 114, entre Benfica do Ribatejo e Azeitada, e 118, entre Almeirim e Tapada, estiveram obstruídas devido à queda de árvores, o mesmo motivo que impediu a circulação na estrada entre a Adega da Gouxa e Marianos, onde os bombeiros foram auxiliados pela GNR.

Os bombeiros registaram ainda 15 inundações que levaram ao condicionamento de estradas nacionais e municipais devido a lençóis de água. Registaram-se dois despistes de viaturas ligeiras sem sinistrados. A acção dos bombeiros estendeu-se à estrada entre a Raposa e o Granho, que ficou condicionada devido à subida das águas da ribeira. Dentro de Almeirim, as chuvas fortes motivaram a intervenção dos bombeiros na zona dos restaurantes e na Avenida D. João I. A Estrada Municipal 368, entre Tapada e Alpiarça esteve encerrada ao trânsito devido à subida repentina das águas e os soldados da paz tiveram que recorrer à embarcação da corporação para resgatar um rapaz de 17 anos que ficou isolado numa quinta.

In " Jornal Almeirinense"

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