sábado, 15 de agosto de 2009

Instrutor de Paraquedismo Natural de Benfica do Ribatejo perdeu ontem a vida quando a avioneta em que seguia se despenhou.

Em tua memória ... " Descansa em Paz amigo" ...

João Daniel Silva, de 30 Anos natural de Benfica do Ribatejo, instrutor na escola de pára-quedismo de Évora Skydive perdeu ontem a vida quando a avioneta em que seguia se despenhou, (e por coincidência de nome), no ( Bairro de Almeirim em ÉVORA).



Évora
Bimotor que caiu e matou duas pessoas tinha 1 semana
por LUÍS MANETA, ÉvoraHoje


Antes de se despenhar numa localidade, o 'Beechcraft 99' conduzido por Eddy Resende, experiente pára-quedista, fez uma primeira tentativa de aterragem no aeródromo local. Moradores do Bairro de Almeirim queixam-se de insegurança.

O avião bimotor Beechcraft 99 que ontem se despenhou em Évora provocando a morte a duas pessoas havia sido comprado há cerca de uma semana, avançou ao DN fonte policial, acrescentando que uma "falha mecânica" poderá ter estado na origem do acidente.

As duas vítimas mortais, cujos corpos ficaram carbonizados no interior do aparelho, são Eddy Resende, o piloto e proprietário da aeronave, e João Silva, pára-quedista, respectivamente com cerca de 40 e 30 anos. "O avião foi comprado em França e estava a voar em Portugal há poucos dias", explicou a mesma fonte.

Tudo aconteceu pouco depois das 19.00 quando o Beechcraft regressava à pista do Aeródromo Municipal de Évora depois de ter procedido ao lançamento de diversos pára-quedistas.

Aos comandos seguia Eddy Resende, um dos pára-quedista mais experientes do país e proprietário da empresa de saltos Sky Dive. João Silva acompanhou-o no voo.

Segundo o comandante do aeródromo, Lima Bastos, o avião fez uma primeira tentativa de aterragem. Mal sucedida. Depois, quando efectuava uma manobra de 180 graus para regressar à cabeceira da pista, sobre uma zona residencial do Bairro de Almeirim, na periferia de Évora, embateu num prédio de dois andares despenhando-se na rua.

"Foi uma queda a pique. Bateu no solo e explodiu", contou uma testemunha ocular ao DN. Só nessa altura é que diversos moradores se aperceberam da situação. "A hélice estava a arder e logo a seguir ouviu-se uma forte explosão", contou Maria Dias, 48 anos. "Antes de cair via-se muito fumo a sair do avião", garantiu outro morador.

Um dos amigos das vítimas contou ao DN que o avião terá entrado em emergência a cerca de 9 mil pés altitude (2900 metros) quando um dos motores terá parado. Nessa altura, os pára-quedistas saltaram, enquanto Eddy Resende e João Silva tentaram aterrar. Não houve qualquer comunicação com a torre de controlo.

A violência da explosão e o facto de os corpos terem ficado praticamente desfeitos num monte de destroços fizeram com que durante algum tempo as autoridades admitissem a possibilidade de um deles ter conseguido saltar antes do embate. Por isso ainda foram efectuadas buscas em toda a área circundante. Só duas horas e meia depois é que a governadora civil de Évora, Fernanda Ramos, confirmou a existência de duas vítimas mortais.

"Isto tinha de dar-se. Os aviões andam sempre aqui por cima das casas, às vezes até às onze da noite, e ninguém está livre de uma coisa destas", disse um morador do Bairro de Almeirim, acrescentando que a proximidade do aeródromo municipal faz com que a zona seja diariamente sobrevoada por "dezenas" de aviões.

Nas operações de socorro estiveram envolvidos 29 bombeiros, apoiados por sete viaturas. As operações de desencarceramento prolongaram-se pela noite. As causas do acidente estão a ser investigadas pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA).




http://dn.sapo.pt/galerias/fotos/?content_id=1335765&seccao=Portugal




In "Correio da Manha"


15 Agosto 2009 - 00h30


Évora: Aeronave tinha acabado de largar pára-quedistas
Avião mata dois ao cair em bairroA queda de um avião da escola de pára-quedismo de Évora Skydive matou ontem o dono da empresa, Eddy Resende, de cerca de 40 anos, e João Silva, de 30, instrutor da mesma escola. A aeronave, ao que tudo indica por problemas mecânicos, caiu a pique e explodiu ao embater num prédio do bairro residencial de Almeirim, pouco depois de ter largado um grupo de pára-quedistas.
O acidente, ocorrido às 19h08, só não provocou uma enorme tragédia entre os moradores porque o piloto (Eddy Resende) conseguiu evitar a colisão do aparelho - um bimotor Beech 99 com capacidade para 20 pára-quedistas - contra as moradias. O avião bateu apenas com uma asa num prédio, provocando estragos nas paredes na sequência do incêndio e explosão.
Por sorte não havia carros estacionados na rua nem moradores. Das duas casas atingidas, uma estava desocupada e os proprietários da outra estão, segundo os vizinhos, de férias. "Não estava ninguém. Nós escapámos por milagre porque a esta hora costumamos parar aqui o carro", disse Engrácia Pinho, moradora numa casa paredes meias com as atingidas pelo avião.
Luís Matos, também morador no bairro localizado a poucas centenas de metros do aeródromo municipal, ainda viu o avião no ar. "Largou pára-quedistas e minutos depois ouvi o estrondo. Foi uma queda a pique".
O responsável do aeródromo de Évora, Lima Bastos, confirmou ao nosso jornal que a aeronave tinha a bordo dois pilotos, estando a ser pilotada pelo dono do avião.
"Levantou voo e lançou alguns pára-quedistas. Quando se preparava aterrar, passou sobre a pista e fez um ângulo de 180 graus para parar na pista inversa, tendo então passado sobre o bairro e caído", explicou.
A governadora civil de Évora, Fernanda Ramos, lamentou as duas mortes. Referiu ainda que o acidente não causou estragos no interior das moradias.
No local estiveram 29 bombeiros de três corporações.
Alexandre M. Silva





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