segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Condutor de camião que explodiu na A1 tem 90 por cento do corpo queimado


Um camião cisterna que transportava combustível despistou-se na auto-estrada do Norte, cerca das 09h28, entre a Póvoa de Santa Iria e Santa Iria da Azóia. A viatura embateu numa carrinha de reboque que se encontrava parada na berma da estrada, caindo para fora da via e explodindo.

O condutor do ligeiro morreu e o motorista do pesado sofreu queimaduras em 90 por cento do corpo e está internado na unidade de queimados do Hospital de Santa Maria, correndo risco de vida.

Paulo Cardoso, testemunha que seguia atrás do camião, contou a O Mirante o condutor do veículo pesado “atropelou o condutor do rebocador, que seguia na berma da estrada, com colete de emergência. O camião virou para o lado direito, a traseira embateu no outro veículo e ficou a arder”.

O camionista arrastou-se cerca de quatro metros, chamando por socorro e foi auxiliado por pessoas que foram em seu socorro. A vítima, que era bombeiro, estava consciente e deu instruções sobre como o socorrer.

O acidente obrigou ao corte do trânisto nos dois sentidos da A1. A circulação foi normalizada cerca das 11h35 nos dois sentidos.
O MIRANTE


Colisão entre camião cisterna e reboque na A1 causa um morto e um ferido grave

Inácio Rosa, Lusa


As autoridades procuram minimizar eventuais danos ambientais causados pelo combustível derramado
A Auto-estrada do Norte esteve hoje cortada entre Vila Franca de Xira e Lisboa, após um acidente entre um camião cisterna e um veículo de reboque que causou uma vítima mortal e um ferido. A circulação nos dois sentidos da A1 foi retomada ao início da tarde.

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Um camião cisterna carregado com 31 toneladas de combustível para aviões colidiu perto das 9h30 com um veículo de reboque que se encontrava estacionado na berma da A1, junto a Santa Iria da Azóia, no sentido Norte-Sul. Após o embate, o camião despistou-se e saiu da faixa de rodagem.

O camião cisterna, propriedade da empresa de transporte de matérias perigosas TIEL, foi consumido pelas chamas. A colisão provocou a morte do condutor do veículo de reboque e ferimentos graves no condutor do camião, que foi evacuado para a unidade de queimados do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

De acordo com o INEM, o condutor do camião cisterna sofreu queimaduras de terceiro grau em 90 por cento do corpo e apresenta lesões nas vias respiratórias.

A vítima mortal sofreu um traumatismo crânio-encefálico de extrema gravidade.

Acidente obrigou ao corte da A1

A dimensão do acidente obrigou as autoridades a interromperem a circulação durante mais de uma hora em ambos os sentidos da Auto-estrada do Norte.

As operações de assistência mobilizaram 62 operacionais e 21 viaturas de sete corporações de bombeiros, meios da Brigada de Trânsito e dos serviços ambientais da GNR e os serviços municipais da Protecção Civil de Vila Franca de Xira e de Loures. Para o local foram ainda enviadas duas viaturas médicas de emergência do INEM.

Riscos ambientais

Os trabalhos de limpeza do combustível derramado no local do acidente estiveram a cargo de uma unidade especial do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB).

Em declarações à Agência Lusa, o comandante operacional distrital da Autoridade Nacional de Protecção Civil, Elíseo Oliveira, adiantou que o combustível derramado pelo camião entrou no sistema de esgotos.

“Uma unidade especial do RSB de Lisboa, apoiada por outros elementos, está a tentar resolver a situação”, indicava o responsável ao final da manhã.

Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Loures contrataram, entretanto, duas viaturas para aspirar o combustível e evitar que a substância entre na rede de águas residuais e acabe por chegar ao rio Tejo.

“Estamos a limpar a partir dos colectores e em todo o lado para evitar que [o combustível] se misture com as águas residuais e crie odores”, afirmou o administrador dos SMAS de Loures João Bréia, citado pela Agência Lusa.
Carlos Santos Neves, RTP
2008-11-17 13:58:30

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