quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Bombeiro agredido por popular quando combatia incêndio em Azeitada


Agressor desferiu um murro no peito do soldado da paz provocando-lhe a fractura de uma costela

Bombeiro agredido por popular quando combatia incêndio



Apesar de ser frequente ver populares mais exaltados em situações de grandes incêndios insultarem bombeiros, os casos de agressões físicas nos teatros de operações são raros.


Um elemento dos Bombeiros dos Voluntários de Almeirim foi agredido por um popular quando combatia um incêndio num armazém agrícola, aparentemente sem razão. O bombeiro integrava a primeira equipa que chegou ao local do sinistro, na localidade de Azeitada, freguesia de Benfica do Ribatejo. Quando estavam a tentar dominar as chamas, um homem que não era o proprietário do espaço começou a criticar a actuação dos elementos da corporação. E sem que tenha havido qualquer altercação ou troca de palavras, segundo testemunhas, dirigiu-se ao soldado da paz e desferiu-lhe um murro no peito. O que lhe provocou a fractura de uma costela.

Apesar do sucedido, e enquanto esperavam reforços, os bombeiros continuaram a sua acção para debelar o incêndio cujo alerta tinha sido dado às 20h54. Tanto mais que o agredido só foi conduzido ao hospital quando o fogo já estava controlado. A administração do Hospital de Santarém confirma que deu entrada nas urgências “cerca das 23h00, um bombeiro que alegadamente terá sido agredido”. O mesmo “foi atendido e medicado e regressou depois a casa”. Ainda segundo fonte hospitalar, a vítima tinha uma costela partida o que implica um período de convalescença de algumas semanas e repouso nos primeiros dias.

O incêndio mobilizou no total 23 bombeiros apoiados por sete viaturas. Ardeu um tractor agrícola, alfaias e mangas de plástico. O comandante dos Bombeiros Voluntários de Almeirim confirmou a agressão e adiantou que já foi apresentada queixa na GNR com vista a procedimento criminal contra o alegado agressor. Jorge Costa considera que “não havia qualquer razão para tal comportamento”. “Atendendo às actividades exercidas pelos bombeiros, às próprias condições em que operam e às áreas em que trabalham bem como a pressão temporal, as exigências físicas, cognitivas e emocionais não implicam que estejamos sujeitos a este tipo de comportamentos”, comentou. Acrescenta que lamenta o sucedido, que classifica como “uma falta de respeito e de civismo”. Esta é a primeira vez que acontece uma situação desta gravidade com elementos da corporação, apesar de, como acontece com outras corporações, serem frequentes os insultos, sobretudo em incêndios florestais ou em sinistros em que as pessoas ficam mais nervosas. Na região as agressões já aconteceram, segundo revela o comandante distrital de bombeiros e protecção civil, Joaquim Chambel, mas são muito raras. O operacional acrescenta que não tem memória de um caso desta gravidade nos últimos tempos. Reconhece no entanto que é normal os bombeiros ouvirem impropérios.

In " Jornal O Mirante On-line"

1 comentário:

Marta disse...

Infelismente este tipo de coisas acontecem... :S e nao sao nada mais do que REVOLTANTES!!!
Uma VERGONHA.... Este tipo de atitudes nao podem ser de forma alguma toleradas. Os Bombeiros ja trabalham em codiçoes adversas m assim... nao dá mesmo!
Bom trabalho p todos e que se faça justiça!
Jinhos - Marta